Na segunda metade do século XX, com o desenvolvimento da medicina houve um aumento da esperança média de vida (longevidade) mas, ocorreu também um aumento das doenças crónicas para as quais não havia cura.
O movimento moderno dos cuidados paliativos foi iniciado em Inglaterra na década de 60, e posteriormente foi alargado ao Canadá, Estados Unidos e mais recentemente à restante Europa. Este movimento alertou para a falta de respostas por parte dos serviços de saúde nomeadamente para o sofrimento dos doentes incuráveis e dos cuidados que teriam que ser cedidos a esta população.
Fala-se em cuidados paliativos, mas afinal o que é isto de cuidados paliativos?
Definem-se como uma resposta activa aos problemas decorrentes de doença prolongada, incurável e progressiva, na tentativa de evitar o sofrimento que ela gera e de proporcionar a máxima qualidade de vida possível a estes doentes e suas famílias. Os cuidados paliativos têm como objectivo o alívio dos sintomas, o apoio psicológico, espiritual e emocional do doente, o apoio à família e o apoio durante o luto, o que implica o envolvimento de uma equipa interdisciplinar de estruturas diferenciadas. São cuidados de saúde activos, rigorosos, que combinam ciência e humanismo.